Falamos muitas vezes em valores culturais. Dizemos agora que é hora de emigrar, mas será que é mesmo! Será que devemos abandonar as raízes sem sequer as conhecer?
Colocamos em causa a nossa entidade, a entidade Oureana. Não conhecemos as lendas, não reconhecemos postais antigos, gravuras, ou mesmo personalidades de valor para a nossa terra.
Talvez por herança do terramoto de 1755, nós oureenses, não estamos habituados a preservar a história. Ainda hoje cumprimos rituais (seja em romarias, na horta de casa ou mesmo na cozinha) mas não os reconhecemos não lhes damos valor, não lhes conferimos a identidade. A nossa identidade.
Numa época de mudanças, incertezas e despedidas, deixo-vos esta gravura.
Em baixo do lado direito temos a Quinta dos Castelinos, depois acima, mais centrado, temos o convento (sim, Ourém teve um convento) e no topo a Vila Velha onde reconhecemos a Sé Colegiada, o edifício da Junta, o Castelo entre outros edifícios que permanecem de pé.
1 comentário:
Hoje, no café, contava o Senhor Amilcar que, à coisa de 65 anos, as crianças de Pinhel e da Melroeira iam a pé até a Quinta dos Castelinos, cruzando carreiros e atravessando pontes de madeira. Na Quinta viviam Freiras que lhes ensinavam catequese e lhes ofereciam sopa. Aos domingos as freiras vinham assistir a missa na Capela da Melroeira.
Enviar um comentário