31 maio 2009

Mulher e Vida

Hoje aconteceu em Lisboa a 4a Corrida "a Mulher e a Vida" pelo cancro da mama.
Porque ninguém sabe se lhe irá aparecer um nódulo no peito que pode abalar nem que seja por instantes a vida, e porque todos os dias mulheres e homens são atacados por este cancro, hoje cerca de 15.000 Mulheres correram de Santos até à Torre de Belém.
Tendo a minha mãe recebido como prenda de anos o ingresso para esta corrida, a minha tia querer acompanha-la e eu ser bastante participativa em todos os eventos relacionados com o cancro da mama, fiz o trajecto dos 5km em 40min tendo chegado em 4407 lugar! Que penso não ter sido mau de todo visto que no inicio da partida ninguém se conseguia mexer!
Espero que venham mais corridas destas e que haja cada vez mais pessoas a participar.




23 maio 2009

Conversas Soltas

"O que viveu mais não é aquele que viveu até uma idade avançada, mas aquele que mais sentiu a vida."
Jean-Jacques Rosseau


"A mulher alimenta-se de carícias, como a abelha das flores."
Anatole France



"Aceita-me tal como sou. Só então poderemos descobrir-nos um ao outro."
Federico Fellini


"Para que possamos ser livres, somos escravos das leis."
Cicero


"As pessoas têm de perceber... que ficar nu não é obsceno. O importante é sermos nós mesmos. Se todas as pessoas fossem o que são, ao invés de fingirem que são o que não são, existiria paz."
John Lennon


"O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a sabedoria. Armazena suavidade para o amanhã."
Leonardo Da Vinci


19 maio 2009

Orfeu Rebelde

Orfeu rebelde, canto como sou:
Canto como um possesso
Que na casca do tempo, a canivete,
Gravasse a fúria de cada momento;
Canto, a ver se o meu canto compromete
A eternidade do meu sofrimento.

Outros, felizes, sejam os rouxinóis...
Eu ergo a voz assim, num desafio:
Que o céu e a terra, pedras conjugadas
Do moinho cruel que me tritura,
Saibam que há gritos como há nortadas,
Violências famintas de ternura.

Bicho instintivo que adivinha a morte
No corpo dum poeta que a recusa,
Canto como quem usa
Os versos em legítima defesa.
Canto, sem perguntar à Musa
Se o canto é de terror ou de beleza.


Miguel Torga


18 maio 2009

Contos da Montanha

"Na tua ideia, o que escrevo, como por exemplo estas historias, é para te regalar e, se possível for, comover. Mas quero que saibas que ousei partir desse regalo e dessa comoção para te responsabilizar na salvação da casa que, por arder, te deslumbra os sentidos."

Miguel Torga

16 maio 2009

Benção das Fitas








E assim se passou parte do dia de hoje!!!!!

01 maio 2009

"Rachel, quand du Seigneur" po Roberto Alagna

O Teatro Nacional de São Carlos organizou umas tardes de Ópera da qual só pude assistir ao dia dedicado à Ópera francesa.
De entre os temas apresentados, este foi o meu preferido.
La Juive é uma ópera composta por 5 actos por Fromental Halevy de um original de Eugène Scribe.
A história que esta dramática ópera nos conta apesar de ser do fim do séc. XVIII, é um tema muito actual.

Uma Judia apaixona-se por um cristão (disfarçado de judeu), querem casar, mas a sociedade não aceita esta união de dois amantes que são de religiões diferentes.
Este excerto mostra a promessa do pai de Rachel que promete salva-la da morte, pena a que está sujeita por demanda de autoridades.
O pai pede até ao fim para a filha se converter ao cristianismo para assim ser salva, mas ela recusa. Ele relembra então um incendio em Roma onde um Cardeal lhe pede para tomar conta da sua filha bebé.
Os dois judeus são presos (pai e filha) e vão ser enforcados sobre um caldeirão de água fervente.
Ao último pedido do pai para conversão da filha ela diz-lhe que prefere morrer e salta logo em primeiro lugar para a morte. Quando Chega a vez de Eliazar (o pai judeu) ele diz a toda a gente que assistia à pena de morte que Rachel alí morta era filha de um cristão, o Cardeal que cai de joelhos.

Não o ouvi esta obra interpretado por Roberto Alagna, nem entoado com uma magnífica orquestra por trás, o que talvez me tenha feito gostar e vibrar mais com aquela simples e grandiosa interpretação que terei assistido no São Carlos apenas com um tenor e um piano!